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DBPreserve

INESC TEC

Sobre o Projeto

Armazéns de dados para a preservação a longo prazo de documentos electrónicos e bases de dados institucionais

As organizações confiam cada vez mais nas bases de dados como componentes principais dos seus sistemas de arquivo. No entanto, à medida que a quantidade e o pormenor da informação mantida nesses sistemas aumentam, cresce também a preocupação de que dentro de poucos anos a maior parte dela esteja perdida, quando o hardware actual, os sistemas operativos, os sistemas de gestão de base de dados (SGBD's) e mesmo as aplicações ficarem obsoletas tornando os repositórios de informação ilegíveis. O escritório sem papel faz aumentar o risco de se perderem porções significativas da memória organizacional.

Os resultados da investigação nesta área mostram que não se podem adoptar  abordagens ingénuas como tentar preservar exemplares das máquinas, do software de sistema e das aplicações, em todas as suas principais versões, de forma a poder usar em qualquer momento as cópias de segurança de todo o sistema relevante. Uma variante disto, em vez de preservar o hardware, sugere a simulação de hardware antigo em novas máquinas. A investigação mais promissora sugere a conversão dos conteúdos da base de dados num formato aberto neutro com uma quantidade significativa de semântica associada (dialectos XML) de modo a torná-los independentes dos pormenores do SGBD.

O projecto pretende atacar este problema, tentando dar mais um passo baseado na seguinte observação: há um paralelo entre a atitude do projectista de um armazém de dados ao abordar o sistema de informação (SI) operacional centrado numa base de dados para especificar um armazém de dados (AD) e a de um arquivista ao analisar um SI organizacional centrado em documentos para especificar um sistema e políticas de arquivo.
Ambos procuram um modelo integrado da organização, fundindo informação de diversas fontes, sistemas e tecnologias, especificando data marts ou classificando séries relacionadas de documentos; ambos têm o requisito de validade a longo prazo; ambos têm uma atitude de avaliação, ignorando pormenores irrelevantes nos dados ou nas séries de documentos para se concentrarem no essencial; ambos querem construir um repositório que se mantenha imutável, excepto no que diz respeito à adição de novos dados ou documentos; e ambos pretendem expor a sua informação de forma simples e sistemática. Há obviamente diferenças, primeiro que tudo de objectivos. O projectista do AD tenta responder às necessidades de informação da gestão da organização do ponto de vista do apoio à decisão, da monitorização, da análise de tendências e da previsão, enquanto o arquivista quer preservar a memória da organização e dos seus processos, para gerações futuras. As decisões concretas quanto a procedimentos de eliminação podem diferir, de acordo com requisitos específicos, mas o enquadramento geral do trabalho é semelhante.

Seguindo esta intuição básica, o projecto explora a adequação da abordagem AD como veículo para realizar, relativamente a um dado SI, as funções consideradas essenciais do ponto de vista arquivístico tais como avaliação, classificação, eliminação, descrição, acesso, respeitando propriedades como a autenticidade e a integridade.

Acrónimo

DBPreserve

Responsável

Gabriel de Sousa Torcato David

Estado

Encerrado

Início

January 1, 2007

Fim

January 31, 2010

Data efectiva de fim

January 31, 2010

Orçamento Global

80 816,00 €

Financiamento

53 696,00 €

Equipa

Líderes de Equipa
Gabriel David
Gabriel David

Vice-Presidente do Conselho de Administração

Concluí o Doutoramento em Informática na Universidade Nova de Lisboa em 1994.


Sou atualmente Professor Associado do Departamento de Engenharia Informática da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, onde leciono na área das bases de dados, armazéns de dados e preservação digital.


Participei na criação do Programa de Doutoramento em Informática (MAP-i) conjunto das Universidades do Minho, Aveiro e Porto, fazendo parte da Comissão Científica entre 2007 e 2023. Participei na criação do Mestrado em Gestão/Ciência da Informação (1997) e da Licenciatura em Ciência da Informação (2001), programas conjuntos das Faculdades de Engenharia e de Letras, e integro as respetivas comissões científicas.


Sou membro do Conselho Científico da Faculdade de Engenharia desde 2010. Fui membro do Conselho Geral da Universidade do Porto no mandato 2013/2017.


Dirigi a equipa de desenvolvimento do SIGARRA (sistema de informação académico da UPorto) entre 1996 e 2010.


Sou investigador do INESC TEC desde 1985, fazendo parte da sua Administração desde 2015. Os meus principais interesses de investigação são nas áreas da gestão de informação, da preservação digital e das bases de dados. Coordenei os projetos FCT DBPreserve, sobre preservação de bases de dados; Gulbenkian APDIC, sobre planos de preservação digital, e EEA Grant SeaBioData sobre gestão de dados de investigação. Participei no projeto FCT EPISA, sobre representação de conhecimento arquivístico na Web semântica e participo no projeto Teaming INESCTEC.OCEAN sobre a criação de um Centro de Excelência em Engenharia Oceânica.


Participei entre 2000 e 2010 no projeto de Cooperação com a Universidade Nacional de Timor Leste, tendo sido o coordenador do curso de Engenharia Informática entre 2006 e 2010.


Sou membro da Ordem dos Engenheiros onde integrei o Conselho de Admissão e Qualificação, entre 2010 e 2016.

Disseminações

INESC TEC tem um modelo de gestão único e diferenciador, aprimorado ao longo de mais de 35 anos de história. Refletindo a sua posição única entre a academia e a indústria, o gestão no INESC TEC cuidadosamente equilibra, num modelo híbrido, a cultura académica de liberdade científica e diálogo com uma cultura de eficiência e responsabilidade em gestão.

Centros Associados

Computação Centrada no Humano e Ciência da Informação

O Centro de Computação Centrada no Humano e Ciências da Informação (HumanISE) integra engenheiros, cientistas e designers com competências em Computação Centrada no Humano (HCC), Ciência da Computação (CS) e Ciência da Informação (IS). A interdisciplinaridade, um dos elementos distintivos do centro, promove o desenvolvimento de sistemas de software, métodos e ferramentas que visam potenciar as pessoas e as suas comunidades. A excelência e impacto da atividade de investigação, inovação e consultoria do HumanISE permitem responder às necessidades crescentes de elevada complexidade, volatilidade, heterogeneidade, ambiguidade, incerteza, conformidade com normas e enquadramentos legais, éticos e organizacionais. A transferência de valor ocorre em estreita colaboração com parceiros académicos e empresariais. As principais áreas de investigação do HumanISE são: Interação Pessoa-Computador; Computação Gráfica e Media Digital Interativa; Gestão da Informação e Sistemas de Informação; Engenharia de Software; e Sistemas Computacionais de Grande Escala e Propósito Específico, Linguagens e Ferramentas; Computação para Sistemas Embebidos e Ciberfísicos. O HumanISE conta também com áreas de inovação: Ciências da Terra, dos Oceanos e do Espaço (EOSS); Investigação Personalizada no Domínio da Saúde; Engenharia de Sistemas de Informação Geoespacial; e Sistemas de Informação e Computação Aplicada.

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