Humberto Rocha
Investigador
Projetos
SMARTAGEING
Ovinho do Porto é um produto de elevada qualidade conhecido mundialmente, com um impacto muito positivo para o carácter exportador da economia portuguesa. A produção de vinho do Porto Branco, à semelhança das outras categorias de vinho do Porto, requer um elevado investimento, logística e exigência de mão-de-obra, que restringem a rentabilidade do produto. O conhecimento técnico-científico sobre o impacto das variáveis intrínsecas e extrínsecas que afetam o processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco é ainda limitando, evidenciando a necessidade de um estudo deste processo, bem como dos fatores que influenciam a velocidade de envelhecimento e a qualidade do vinho final. O objetivo do projeto SMARTAGEING consiste no aumento da previsibilidade do processo de envelhecimento e no desenvolvimento de instrumentos, que possibilitem melhorar significativamente a capacidade de monitorização, em tempo real, da evolução e da qualidade do vinho do Porto Branco, mas, também atuar sobre parâmetros determinantes neste processo de envelhecimento. A solução de monitorização assenta em sensores capazes de adquirir parâmetros considerados fundamentais para o processo de envelhecimento (turvação, cor, pH, O2 dissolvido). Os dados adquiridos serão utilizados para a criação de modelos preditivos, por conjugação com uma análise química e sensorial detalhada do vinho. A tecnologia deverá incluir, num mesmo dispositivo, um elemento atuador, sobre dois parâmetros determinantes no processo de envelhecimento do vinho do Porto: o oxigénio dissolvido e a temperatura. Este elemento poderá operar em modo supervisionado e/ou fazer parte de uma rede de monitorização e de atuação automática. A tecnologia a desenvolver deverá assim permitir a monitorização do processo de envelhecimento do vinho do Porto Branco, e simultaneamente, atuar, em tempo real, sobre variáveis críticas, com o objetivo último de otimizar este processo, e permitindo a obtenção de uma qualidade consistente do produto final.
Replant
Numa altura em que a floresta e o setor florestal estão na ordem do dia, e em que se discutem formas de aumentar a competitividade do setor a par com o desenvolvimento sócio-económico do país no contexto de uma economia circular global, este projeto mobilizador vem trazer uma nova perspetiva sobre a gestão integrada da floresta e do fogo, alicerçada no conhecimento científico e tecnológico. O desígnio principal deste mobilizador é contribuir para a maior valorização da floresta portuguesa através da implantação de estratégias colaborativas para gestão integrada da floresta e do fogo. Estas estratégias darão origem a novos produtos e serviços, na sua maioria suportados em tecnologias digitais, contribuindo para a redução do risco de fogo e introduzindo um elevado grau de inovação com vista a melhorar os processos de gestão e tomada de decisão das empresas florestais e energéticas, com impactos positivos em toda a cadeia, nomeadamente nos seus prestadores de serviços e nos produtores florestais, com grande impacto da economia das zonas rurais. O rePLANt irá contribuir para consolidar o mercado nacional em tecnologias e equipamentos para o setor florestal. O rePLANt é o primeiro grande projeto que irá permitir operacionalizar o Laboratório Colaborativo ForestWISE. Trata-se de um esforço sem precedentes para levar para o terreno as iniciativas prioritárias das empresas, expressas na Agenda de I&D ForestWISE. O projeto reúne todos os associados do ForestWISE – empresas florestais, energéticas e universidades - que no seu conjunto, representam toda a diversidade do setor florestal nacional e também um grande número de empresas de base tecnológica. Este consórcio multidisciplinar irá implantar 8 Estratégias Colaborativas, estruturadas em atividades de investigação industrial de 3 grandes PPS3 ? Gestão da floresta e do fogo, gestão do risco e economia circular e cadeias de valor. Ficha projeto